06 dezembro, 2008

vida precária

Há 10 anos atrás quando entrei para o mundo de trabalho e quando ainda estava em casa dos progenitores, não sonhava que daí a uma década seria uma cidadã que cumprindo os seus deveres civis e fiscais me sentiria altamente ultrajada pelo Estado, pelo Sistema, pela herança que os senhores do 25 Abril nos deixaram.

A minha vida é uma precaridade.

Já pela segunda vez que construo vida ao lado duma pessoa que amo e embora dividamos contas e deveres maritimoniais uma sociedade velha e catolicamente decadente continua a afirmar que não tenho os mesmos direitos em relação a quem vive com uma pessoa de sexo oposto. O que me coloca em situação de cidadã de 2ª, precária.

No trabalho vivemos a era de ETTs (empresas trabalho temporário). Tenho agora menos condições de trabalho e os meus direitos são agora menos respeitados que há uma década atrás. Sendo que pela segunda vez na minha vida estou a trabalhar por recibos verdes, alocada a um local especifico, com horário em escala, superiores hierárquicos e outros deveres. Como se tivesse contrato, mas não tenho. Com os mesmo deveres mas sem qualquer direito.
E isto é legal? Não. E direitos? Não.

É precário.