07 outubro, 2008

CASAMENTO NECESSÁRIO? Factos e argumentos

"Atribuir-me direitos não prejudica ninguém, eu poder ou não casar não tira direitos a ninguém. Recordando as palavras do primei- ro-ministro espanhol, que eu amo, uma sociedade decente é aquela que não humilha os seus membros.
E Portugal não é um país decente." Esperança? "Sei que é uma questão de tempo - a questão é quanto tempo. Um mês, cinco anos, 10 anos, 20 anos? É que um mês já faz diferença. E faz-me confusão que seja preciso debater, e que se diga que é preciso "mais debate" e "um consenso". Porque é claro que há pessoas racistas e homófobas, vão existir sempre. A lei serve para nos proteger delas, e não ao contrário."

Sara Martinho in DN reportagem "NÃO VEJO NADA DE FRACTURANTE EM MIM"


"Assim, permitir o casamento entre pessoas do mesmo género, significa assumir que estas possam aceder, enquanto trabalhadoras por conta de outrem, aos mesmos direitos dos casais heterossexuais, como sejam: direito a quinze dias de licença de casamento, direito a cinco dias por falecimento de cônjuge, direito a faltar ao trabalho, num máximo de quinze dias por ano, para prestar assistência, em caso de doença ou acidente, ao/à cônjuge, sogro/a, genros e noras"

Cristina Andrade, psicóloga


"Custa-me tanto quando oiço as pessoas dizer que não é prioritário. A minha vida não é prioritária? Como é que não é prioritária? Isso é de um egoísmo... E há aquele argumento muito estúpido de o casamento entre pessoas do mesmo sexo ir contra "a família tradicional". Não sei bem o que é isso da "família tradicional", mas eu não vou contra ninguém."

in DN reportagem "NÃO VEJO NADA DE FRACTURANTE EM MIM"



"Em vários textos do seu blogue, pugnou pela necessidade de pressionar os partidos no sentido de alargarem a lei das uniões de facto, incluindo os direitos de herança (que só existem por testamento e não permitem, como no casamento, que metade do património se transfira para o membro sobrevivo do casal)e de pensão (caso morra um membro do casal, é necessário fazer pedido da pensão no tribunal, não há concessão automática como para os viúvos)...porque há situações dramáticas de pessoas que vivem décadas juntas e quando uma delas morre a outra fica sem nada."

Eduardo Pitta in DN reportagem "NÃO VEJO NADA DE FRACTURANTE EM MIM"